Escolheste-me, mas eu tenho a melhor claque do mundo
Escolheste-me. Por algum motivo que ainda não percebi na íntegra mas que já desisti de tentar discernir. Escolheste-me porque assim tinha que ser. Escolheste-me para provares que consegues deixar-me incapacitada e que às vezes eu também fraquejo. Queres tomar o controlo do meu corpo e da minha alma. Dominas os meus pensamentos e eu deixo-me perder neles. Recordo agora as noites de insónia, aquelas em que me senti sem qualquer esperança, e posso dizer-te que essas foram as mai s difíceis. Sofri horrores. Tentas incessantemente que eu recue na minha luta, usas todas as tuas armas e demonstras uma frieza calculista. Agrada-te que eu me olhe ao espelho e não me reconheça, agrada-te que os meus olhos se mostrem ressentidos por tudo aquilo que tenho chorado e que a minha pele permaneça pálida aguardando um desfecho que ainda não é certo. Agrada-te, sobretudo, que tenhas sido tu a deixar-me assim. E mesmo quando parece teres partido de vez, descubro que afinal empregaste todos teus recurs