A mudança tem que começar em ti e nunca será confortável

Sei que a mudança tem que começar em mim, cá dentro, sem pressões externas associadas. Não pode ser uma mudança preguiçosa nem confortável. Aliás, as mudanças nunca são confortáveis. Têm sempre um travo de incerteza e de desconhecido que caracterizam o verbo "mudar", e se assim não fosse, não era uma mudança, mas uma palmadinha nas costas. Na mudança tem que haver investimento e acreditem que nunca é muito. Tem que haver coragem, baldes de coragem! Têm que existir fronteiras mal definidas e definições sem barreiras impostas. 

Há a mudança e depois vem a esperança. A tão velha amiga dos solitários. Aquela que já encheu muitos peitos de ar. Aquela que já acompanhou fiéis por quilómetros de estrada. Aquela que já fez que o mundo tomasse outro sentido, que criou teorias e conduziu a descobertas. 

E a minha esperança é humilde. Já deixou de ser fria e egoísta. É uma esperança que sabe onde estou e onde quero chegar, que me move sem grandes pressas, que me permite ver através da periferia. Ela sabe até onde posso ir, embora às vezes pareça um bocadinho sonhadora demais. Ensinou-me a ponderar e a arriscar mesmo quando a ponderação está contra o salto. Ensinou-me a não pisar, a não alterar a verdade e a não idealizar algo que não resulte somente do meu suor. A esperança é o maior ombro que posso ter. É a cobaia que é testada na confusão dos meus dilemas. É o empurrão nos dias em que o motor não pega. A esperança é mais do que fazem dela. É uma acção com reacção. Um verbo construído em todas as conjugações. É minha, toda minha. É nossa, da humanidade, do mundo. É a maior motivação da verdadeira mudança. E só a mudança pode trazer a esperança em algo melhor.

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