2017 em 3 parágrafos

Um ano meu. Mais um ano meu. Tão meu quanto dos meus. Tão deles quanto do destino que nos cruzou.
2017. Um ano de reviravoltas. 
Fazendo a habitual retrospectiva, nada ficou igual. Saltei para o desconhecido em todos os campos da minha vida. E apesar de ter tido a coragem necessária para pensar somente na minha felicidade, admito que em todo o momento levei o coração nas mãos. Levei-o despido, sem dó. Levei-o, ingenuamente, com a esperança de uma viagem que não deixasse marcas. Mas não existem viagens longas sem contratempos desconfortáveis. Dolorosos, tantas vezes. E na verdade, eu nem sempre tive a capacidade de o proteger. De me proteger. Expus-me sem sequer ter pena de mim própria. Mas com a força que guardava em segredo, limitei-me a sorrir e a acenar. Valeu a pena.

2017. Um ano de aprendizagem.
Cresci. Assumo que tinha onde crescer. Não sabia como me posicionar face à perspectiva onde me colocavam. Onde ainda me colocam repetidamente. Nem sequer compreendia os motivos. Como podia haver motivos? Assumo que não sabia como defender-me. Obrigava-me a baixar a cabeça, como se ainda fosse uma criança de 10 anos ameaçada pelo medo. Preferia o silêncio esquecendo que para algumas pessoas o silêncio é demasiado passivo. Não chega. Não basta. E dessa forma, agradeço a quem me educou. A quem, com mais ou menos temperamento, me fez compreender que se não me respeitar mais ninguém o fará. Obrigada.

2017. Um ano de amor.
Mais próxima dos de sempre e mais amada do que nunca. Tenho orgulho na presença dos que continuam a permanecer sem as ausências prolongadas cada vez mais comuns. Acredito que a ausência mata e eu nunca deixarei morrer o que de si me dá vida. Por outro lado, agradeço a Deus a oportunidade de ter conhecido quem, de rompante, mudou a minha vida para sempre. E por muito dolorosa que a história possa ser, é compensada pela imensidão daquilo que sinto. Até porque sei que, se o destino quiser desviar os nossos caminho, nunca esquecerei o que é amar de verdade. Isso ninguém me tira.

2018, dá-me tanto ou mais. Porque não sou feita de pouco e muito menos de nada.

Inês


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