Foi um ano duro

Foi um ano duro, feito de impossíveis. Posso até chamar-lhe um ano doloroso. Dotado de peripécias e desafios tantas vezes esgotantes. E não escondo que foram alguns os dias em que pensei em desistir. Não escondo que foram algumas as noites em que os olhos não fecharam por um minuto. Só Deus sabe o quanto lutei. Só Deus sabe como arranjei mil e uma maneiras de me motivar. Inventei-as, como se de uma história para crianças se tratasse. Fui buscar forças onde não sabia tê-las. Fui procurar abrigo onde até hoje nunca me tinha refugiado. A minha alma parecia estar numa montanha russa de emoções. Tanto me senti no topo do mundo, como dei por mim no chão. Mas segui sempre em frente, mesmo que para isso desse passos sem confiança. Na verdade olhei para trás, mas nunca me fixei no passado. Reconheço que caminhei sobre pedras apenas para que hoje pudesse sentir o prazer de estar descalça. E admito que estou francamente cansada. Exausta é a palavra certa. Creio que fui testada até onde era possível sê-lo. 

Mas apesar de tudo, estou aqui. Hirta e com um sorriso rasgado. A refletir sobre os 365 dias que me trouxeram o doce sabor da vitória. Hoje sinto o prazer da "missão cumprida". Consegui, uma vez mais, chegar onde me propus. Consegui, uma vez mais, escrever por linhas tortas uma vida que levo direita, tal e qual como imaginara. Hoje, deito-me comovida. Orgulhosa de mim e dos meus. Orgulhosa do que dei e do que recebi de forma tão justa quanto possível. E quando dou por mim a pensar no virar a página, não posso deixar de pedir um 2017 cheio de saúde. Porque o resto, tal e qual como já provei a mim mesma, arranja-se.


Inês 
 
 

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