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A mostrar mensagens de dezembro, 2017

2017 em 3 parágrafos

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Um ano meu. Mais um ano meu. Tão meu quanto dos meus. Tão deles quanto do destino que nos cruzou. 2017. Um ano de reviravoltas.  Fazendo a habitual retrospectiva, nada ficou igual. Saltei para o desconhecido em todos os campos da minha vida. E apesar de ter tido a coragem necessária para pensar somente na minha felicidade, admito que em todo o momento levei o coração nas mãos. Levei-o despido, sem dó. Levei-o, ingenuamente, com a esperança de uma viagem que não deixasse marcas. Mas não existem viagens longas sem contratempos desconfortáveis. Dolorosos, tantas vezes. E na verdade, eu nem sempre tive a capacidade de o proteger. De me proteger. Expus-me sem sequer ter pena de mim própria. Mas com a força que guardava em segredo, limitei-me a sorrir e a acenar. Valeu a pena. 2017. Um ano de aprendizagem. Cresci. Assumo que tinha onde crescer. Não sabia como me posicionar face à perspectiva onde me colocavam. Onde ainda me colocam repetidamente. Nem sequer compreendia os motivo

Pára de dizer que estás bem

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É difícil de explicar. De colocar em palavras. Não quero que me entendas.  Quero que te afastes agora. A raiva que me atravessa o corpo impulsiona-me a sair da cadeira e a largar os braços em gesto de prostesto. A raiva que me preenche a alma faz-me dizer tanto sem dizer nada do que realmente sinto. O auto-controlo transparece fraqueza e a liberdade emocional é condicionada pela emoção. E quanto mais forte é o sentimento que te trago, mais fraca sou eu perante a dor que me causas. Acabo por explodir. Uma e outra vez. Em momentos que parecem parar o tempo. Como se estivesse dentro de uma realidade tridimensional que ainda não tinha experienciado. Não sei porque me permito chegar até aqui. Quem me dera que chegasse a algo muito melhor. Talvez porque no meu peito já não haja espaço para dois sentimentos antagónicos que se atropelam e se agridem ao longo dos dias longos e das noites que são sempre demasiado curtas. Deixa lá, deixa que me resuma à minha insignificância. Deixa-me