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A mostrar mensagens de agosto, 2016

Mas a mentira tem perna curta. E tua foi dotada de pequenez.

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Jogaste um jogo perigoso. De rato e gato. E achaste que eras inteligente o suficiente para que tudo não passasse de um segredo só teu. Ou então, estupidamente pensaste que eu não tinha a perspicácia necessária para perceber a realidade diante dos meus olhos. Iludiste-me com flores, com mensagens longas, cobertas de sentimentalismos. Não deixavas de me oferecer presentes, daqueles com grandes laços encarnados. Talvez até me os tenhas oferecido mais regularmente que nunca. Talvez porque a consciência te pesava e não querias dormir mal de noite. Compensavas-me assim, irracionalmente, e esperavas que eu continuasse feliz e inteiramente tua. Mas a mentira tem perna curta. E a tua foi dotada de pequenez. Descobri num acaso propositado. Valeu-me o instinto e a tua fraca capacidade para esconderes o óbvio. Chorei tanto. Gritei tanto. Apertei a almofada contra a face para impedir que me ouvissem. Destruí fotos, tropecei em molduras, percorri a casa descalça e inteirei-me de que seria incap